Este é um espaço para publicar meus pensamentos, convicções, idéias de forma ética, sejam elas teólogicas ou de práticas eclesiológicas, buscando e defendendo a autenticidade bíblica. " O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons". Quero interagir com você e ter o privilégio de saber que você leu o que escrevo. Sinta-se em casa.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Cristãos queimados vivos na África. O que eu tenho a ver com isso, se eu sequer os conheço?

Muita gente costuma falar de México, Iraque, Palestina, Afeganistão e – agora – Líbia, Síria e Egito para citar os locais mais violentos do mundo. Mas o Brasil já é um dos países onde se mata mais gente no planeta.
Só que muitos movimentos sociais têm praticamente valorizado a morte de um homossexual, como se um gay morto valesse mais do que 100 héteros. E quando isso acontece, a reação é nacional, não importa se a morte ocorreu no Sertão da Paraíba, nos Pampas do Sul, nas florestas de Roraima ou na esquina da rua ao lado. Todos eles se unem, contabilizam os assassinatos nas suas estatísticas e ficam em luto como se um parente próximo fosse morto.
Por outro lado, vez por outra, vemos crente morrer. Não aqui no Brasil (pelo menos ainda). É Costa do Marfim, Nigéria, Coreia do Norte, Sudão... Basta sair pesquisando no Google “cristãos mortos”, e o resultado será extenso. Eles não são simplesmente mortos: são triturados, moídos, massacrados, chamuscados, chutados... São mortes hostis, para não só matar, mas também dizer “matamos com gosto”.
E o que temos feito? É bem verdade que não temos como ir lá com um grupo de seguranças bem armados e enxotar essas hienas ferozes. Mas onde está nossa preocupação? Seria demais orar por essa gente sofrida, que não tem ajuda de mídia (principalmente essa imprensa brasileira desmoralizada), de organizações de direitos humanos (que se preocupam mais com os direitos das feministas, de homossexuais e outros movimentos do seu interesse) e dos governos locais (que, na sua maioria, são coniventes com essas práticas – quando não são os próprios agentes)?
Os israelitas clamaram pela ajuda de Deus quando estavam no Egito, e Ele enviou Moisés para resgatá-los. Deus está preocupado com seus filhos ainda hoje. Missionários são enviados constantemente (apesar de muitos ainda serem mortos). Mas, e nós, e nossa oração, nossa intercessão, nossa preocupação, por onde andam?
A foto acima choca. A ideia foi essa. Mas mais chocante é a negligência com as vítimas da foto. Eu não diria nem da ajuda do mundo, eles se felicitam com tudo isso. Falo do descaso dos próprios crentes, nas suas zonas de conforto, que mal se sensibilizam ou se preocupam com seus irmãos, com os quais morarão no céu em breve.
Enquanto nosso momento de levar fogo no corpo, perseguição mortal e hostilidade desumana ainda não chega, lembremo-nos daqueles que já sofrem com isso. De gente como esta do vídeo abaixo.
O alento para tudo isso é que esses irmãos morreram queimados, perseguidos e tiveram seus corpos incinerados, mas agora estão diante de Deus e nunca mais verão fogo consumindo-os. Já os seus detratores, esses sim sofrerão na eternidade no lago de fogo e enxofre, caso não se arrependam dos seus atos.
Então, como crentes, firmemos o compromisso de levar a Deus os gritos de súplica dos perseguidos. É o mínimo que podemos fazer. O mínimo, diante do bem-bom que vivemos. Não apenas uma simples emoção, lágrimas baratas e provisórias, sensibilidades momentâneas. Mas uma atitude bem diferente da dos que dizem “Eu não os conheço, não tenho nada a ver”.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Oração em Línguas Desafia a Ciência
"Cristã chinesa orando em linguas"
Meu amigo, Bernardo Cho, acabou de voltar ao Brasil de férias, depois do seu primeiro ano letivo no Regent College (uma das instituições de ensino teológico mais influentes do mundo) e enquanto saboreávamos algumas pizzas no jantar ele me contou algo que reflete um pouco do ambiente onde ele está e que reflete, também, elementos pertencentes aos mistérios de Deus.
No Regent, ele tem dividido sua vida com figuras importantes de nossa história do pensamento cristão como James Houston, J.I. Packer, Gordon Fee e muitos outros, e o seu orientador de mestrado é o engenheiro aeronáutico, doutor em Antigo e Novo Testamento pela Universidade de Cambridge, Rikk Watts. #Falando Em Inveja Santa!!!
O que o Bê me contou foi que, em uma de suas aulas, o Dr. Watts relatou ter acabado de participar de um experimento na Universidade da British Columbia em Vancouver, onde cientistas buscavam fazer algumas análises das atividades cerebrais dos cristãos pentecostais no momento do falar em línguas. Na sala de pesquisa, o Dr. Watts havia sido "plugado" a inúmeros fios, sensores, e em seguida os cientistas deram a ele o sinal para orar em línguas quando pudesse. Assim que ele começou, logo os cientistas apresentaram alguns sinais de surpresa e espanto com "Uaus!" e "O que é isso?!"
Quando o Dr. Watts perguntou o que estava acontecendo, os cientistas disseram que, em média, um cérebro em intensa atividade de concentração e foco apresentava nos monitores 50% de sua utilização. Quando o Dr. Watts passou a falar em línguas, os monitores apresentaram 80% do uso cerebral, o que gerou assombro nos cientistas. Na sequência, ele foi submetido a um outro tipo de exame, "plugado" a outros aparelhos e foi convidado a orar em línguas. Passados alguns segundos, novamente foram ouvidos outros "Uaus!" e "O que é isso?!" E, mais uma vez, o Dr. Watts perguntou o que diziam os aparelhos.
Desta vez, os cientistas responderam que o cérebro humano, nas devidas circunstâncias, levava em média 10 minutos para se chegar no "estado alpha" ou no estado onde o cérebro fica suspenso em repouso. O cérebro do Dr. Watts, enquanto ele falava em línguas, tinha levado 20 segundos para se chegar neste estado de paz. Uau!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! É claro que a partir deste experimento isolado não podemos nos precipitar dizendo que temos respostas conclusivas, mas que as palavras de I Coríntios 14:4a, que nos dizem que o que fala em línguas a si mesmo se edifica, de certa forma, foi notável!
Abraços fraternos e que o Senhor abençoe a todos!
Via Ministério Livres Para adorar
Imagem: Olhar Cristão.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
A grande miséria espiritual e social do México.
O México é um grande país da América Latina. Possui uma população estimada em 111 milhões de habitantes. A capital, Cidade do México, possui uma das maiores populações urbanas do globo. Ele é o país de fala hispana mais populoso das Américas e do mundo. Faz fronteira com os Estados Unidos ao norte e ao sul com a Guatemala e Belize. É banhado pelos oceanos Atlântico e Pacífico.
O país oficialmente é católico-romano. Mas, a grande influência do sistema educacional tem feito com que diminua a religiosidade de muitos. Tem crescido o número de pessoas que não conhecem ao Evangelho. E no que tange ao Catolicismo em si, este está eivado de crenças populares (como já é típico em todos os lugares sob influência católica) que quase que totalmente descaracterizam o verdadeiro Cristianismo bíblico.
Por causa disso, causa repulsa, revolta, mas ao mesmo tempo o meu coração fica cheio de compaixão pelo povo mexicano por causa da crença que tem por uma entidade, uma "santa" chamada La Santa Muerte. É uma figura tenebrosa esquelética, envolta num manto geralmente de cor branca e que recebe uma devoção fortíssima, principalmente nos estratos mais humildes da população. A Igreja Católica oficialmente diz que não endossa tal devoção, mas muitos sacerdotes fazem vista grossa para essa aberração. Este culto é um sincretismo de crenças católicas e indígenas.
Na cultura mexicana pré-colombiana, os mortos eram cultuados. Conservou-se em nossos dias, as grandes celebrações mexicanas no Dia dos Mortos em 01 e 02 de novembro onde altares são erigidos e oferendas são feitas aos que se foram. É uma das festas mais populares, pois segundo dizem, os mortos vem visitar seus parentes. Muita comida, bolos, festa, música e doces de preferência dos mortos. Os prediletos das crianças são caveirinhas feitas de açúcar.
Estando firmemente entranhado nas classes baixas e menos favorecidas, a devoção a La Santissima Muerte encontra-se igualmente entre os traficantes e outros tipos de criminosos. Ela é sua padroeira Frequentemente encontram-se altares ao longo das estradas do nordeste do país e que foram erigidos pelos traficantes de drogas. Esses elementos lhes rogam proteção e oferecem em seus altares, tequila, cigarros, rosas, doces e maconha.
E aqui está o outro aspecto que se abate hoje sobre a nação e que está corroendo suas estruturas sociais e trazendo muita insegurança e sofrimento, principalmente entre os menos favorecidos. Trata-se do narcotráfico. Existem inúmeros cartéis em todo o México e tem sido um verdadeiro câncer, se alastrando e crescendo em influência e destruição.
Na extensa região de fronteira entre os EUA e México, os traficantes atuam de forma imperiosa e já assassinaram muitas pessoas, a maioria delas sem vínculos com essa atividade criminosa. São ameaçados de forma ostensiva e até mesmo os cristãos evangélicos que procuram fazer um trabalho social de recuperação de viciados em drogas, estão sendo sequestrados e mortos. Casos recentes foram o do filho de um pastor de uma igreja em Ciudad Juarez, fronteiriça com o estado americano do Texas, que foi assassinado, e o ataque brutal a seis pessoas num centro de reabilitação onde quatro acabaram mortas.
Esses cartéis procuram conquistar territórios e nisso se digladiam numa guerra sem fim com muitos mortos de cada lado. A população fica no meio desse conflito com extremo sofrimento. As autoridades combatem o narcotráfico com um efetivo grande e bem armado, mas os traficantes por sua vez usam da brutalidade e ataques surpresa sem escolher alvo, seu objetivo é impor respeito através da intimidação. A guerra é suja. Os traficantes mexicanos são extremamente cruéis, matam e mutilam seus rivais sem nenhum tipo de misericórdia.
O México é uma grande potência com muitos recursos econômicos. Tem um forte apelo ao turismo. É uma população jovem e uma das que mais crescem na América Latina. Mas o país está sendo corroído pela idolatria e pelo consumo e tráfico de drogas.
Todavia, eu creio que Deus está agindo soberanamente em meio a esse povo. Mesmo em meio às perseguições. O artigo 24 da Constituição mexicana garante a liberdade de culto. Mas no estado mexicano de Chiapas, por exemplo, os cristãos evangélicos sofrem muito com perseguições intensas e isso sob os olhares complacentes das autoridades constituídas.
Oremos por este povo tão sofrido. Convivem miséria e prosperidade nessa nação. Os pobres com seus flagelos como já informamos e os ricos com sua indiferença para com o Evangelho e materialismo crescentes. Deus tem propósitos em meio a tudo isso e Ele que usar seus servos, tanto mexicanos como de outras nações para que preguem o Evangelho e muitas almas sejam convertidas da idolatria, libertas da escravidão das drogas, despertas da indiferença pela luz gloriosa do Evangelho de Jesus Cristo.
Que a igreja evangélica mexicana seja mais fortalecida no Senhor. O diabo está utilizando fortemente as armas da brutalidade física e do engano religioso para destruir essa nação, mas o Senhor não permitirá a continuidade desse estado de coisas, cremos fielmente nisso. Levantemos um clamor pelo México e que mais obreiros, verdadeiros homens e mulheres de Deus, sejam levantados nessa hora para postarem-se frente aos ataques de Satanás.
Bem a propósito vem as palavras do profeta Jeremias: "Ó Senhor, tu és justo quando apresento minha causa perante ti. Contudo, desejo falar contigo sobre a tua justiça. Por que o caminho dos ímpios prospera? Por que vivem em paz todos os que procedem de modo traiçoeiro? Tu os plantaste, e eles criaram raízes; crescem e dão frutos; tu estás sempre próximo de seus lábios, mas longe do coração deles. Tu, porém, me conheces, ó Senhor, tu me vês e provas minha fidelidade para contigo. Arranca-os como ovelhas para o matadouro e separa-os para o dia da matança" (Jr 12.1-3 - Almeida Séc. 21).
Essa deve ser a confiança de todo crente mexicano. Deus está cuidando deles. Apesar da prosperidade dos ímpios, isso terá fim. O dia da matança, o dia de Deus, chegará. Para alguns, haverá salvação porque o Evangelho lhes arrebatará da perdição. Todavia, infelizmente, para outros, chegará a morte e a consequente e irremediável perdição eterna. Deus não se deixa escarnecer (Gl 6.7).
Vamos continuar a orar pelo México? Vamos cooperar na obra de Deus? E se além de orar, você se sentir chamado pelo Senhor para ir até aquela nação?
Pense nisso.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Baal e os evangélicos

Muitos cristãos hoje em dia possuem uma mentalidade toma lá, dá cá em seu relacionamento com Deus.
Os cananeus, isto é, os moradores dos países vizinhos de Israel, tinham vários deuses. O principal era Baal. Era esse o deus do vento e do clima. De acordo com o baalismo, era Baal quem enviava orvalho, chuva e neve e, conseqüentemente, quem dava fertilidade para a terra. Os cananeus acreditavam que era por causa do deus Baal que, ano após ano, a vegetação retornava após a estiagem, as fêmeas dos animais tinham inúmeras crias e as mulheres davam muitos filhos e filhas para seus maridos.
Mas por que isso era tão importante para os cananeus? É preciso lembrar que aquelas pessoas dependiam basicamente da natureza. Não havia grandes cidades com suas fábricas, lojas e escritórios. Ou seja, os empregos não estavam nas cidades, mas na lavoura, e a imensa maioria das pessoas morava no campo, cultivando a terra e criando animais para sobreviver. Se houvesse muita seca, não teriam alimento para comer, trabalho para fazer, água para beber, nem mesmo animais para sacrificar ao seu deus. Além disso, sem comida, a saúde deles estaria comprometida. E, se não tivessem descendentes, quem iria cuidar deles na velhice? Então, o que fazer para conseguir a fertilidade em casa e no campo? Adorar Baal era, para eles, a chave para desfrutar de todas essas vantagens. Os baalistas acreditavam que, se agradassem Baal, ele seria um deus bom para eles.
Comparemos, agora, Baal com Javé, o Deus dos israelitas. Sem dúvida alguma Javé era (e continua sendo) um Deus bom. Segundo a Bíblia, é ele quem controla as estações do ano, o sol e a chuva, que faz com que a terra produza alimento. É o Deus que, no final das contas, nos faz felizes. Conforme disseram Barnabé e Paulo aos moradores de Listra, Deus é "bondoso, dando-nos chuva do céu e colheitas no tempo certo, concedendo-nos sustento com fartura e um coração cheio de alegria" (Atos 14.17). Até aqui Baal e Javé se parecem. Tanto um quanto outro cuidam dos seres humanos.
Todavia, existem duas diferenças principais. A primeira é que Baal era um deus de mentira. Só existia na imaginação dos seus seguidores. Javé, no entanto, é verdadeiro. Por isso os profetas de Baal pediram em vão a seu deus que mandasse fogo do céu, mas Javé, atendendo à oração de Elias, fez o que Baal não conseguiu fazer (1 Reis 18.21-39).
A segunda diferença é que, ao contrário de Baal, Javé está interessado não apenas no nosso bem-estar físico. Ele quer, acima de tudo, que estejamos firmes no nosso íntimo. E nada melhor do que uma boa provação para fortalecer os músculos da fé. Conforme nos ensina Pedro, Deus permite dificuldades e sofrimentos para que tenhamos certeza de que a nossa fé é verdadeira (1 Pedro 1.7). O que ele está dizendo é que sabemos que estamos em boas condições espirituais quando reagimos corretamente diante dos problemas da vida. É assim que Javé trabalha. Se de um lado ele oferece coisas boas para todos, até mesmo para aqueles que não o adoram (Mateus 5.45; Tiago 1.17), de outro ele também envia provações... para o bem daqueles que lhe pertencem!!! Como isso funciona? Bem, de acordo com Tiago, o irmão de Jesus, os problemas são um desafio para ficarmos firmes. Ele declara não apenas que "a prova da nossa fé produz perseverança", mas também que a perseverança conduz à maturidade e integridade (Tiago 1.3, 4).
No baalismo antigo as pessoas ofereciam dádivas a Baal na tentativa de conseguir seus favores e achavam que, se o agradassem, ele tinha a obrigação de abençoá-los. Era um toma lá, dá cá. Achavam que, sacrificando a Baal, receberiam fartura como recompensa. Hoje há muitos cristãos com essa mentalidade baalista. No baalismo “evangélico” de hoje em dia, as pessoas pensam que, se derem o dízimo, se não faltarem aos cultos da igreja, se participarem de todas as reuniões de oração, se fizerem isto e mais aquilo, então vão ter família sem problemas, bom emprego (de preferência com direito a promoção a cada ano), saúde de dar inveja, casa confortável, carro novo na garagem, dinheiro no banco, etc.
No entanto, o Deus da Bíblia nos promete felicidade, mas não necessariamente prosperidade. É o que se percebe nas palavras do profeta Habacuque: "Mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas nas videiras, mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral, nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei em Javé e me alegrarei no Deus da minha salvação. Javé, o Soberano, é a minha força" (Habacuque 3.17-19a).
O baalista só quer saber de receber coisas boas. Não admite passar por sofrimento. O verdadeiro cristão raciocina como Jó, "Aceitaremos o bem dado por Deus, e não o mal?" (Jó 2.10). Quem segue a Jesus para valer reconhece que até mesmo as dificuldades da vida são bênçãos disfarçadas, são oportunidade de fortalecer nossa fé. E você, é adorador de Baal ou Javé?
Fonte: Márcio Redondo. Publicado em http://www.vidanova.com.br/teologiadet.asp?codigo=5.
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